|
| | [Reedição] Tudo por Amor | |
| | |
Autor | Mensagem |
---|
Hellly Forever Addicted
Número de Mensagens : 207 Idade : 31 Localização : Porto Membro preferido: : Bill Kaulitz Música/Video : TODAS!!! Sou fã desde: : 2007 Data de inscrição : 12/07/2009
| Assunto: [Reedição] Tudo por Amor Qua Jan 13, 2010 8:12 pm | |
| Sinopse:
- Promete que não te vais esquecer de mim! – Dizia Bill olhando nos dela.
-Prometo! – A menina sorriu para ele corada.
- Promete que vais voltar!
- Prometo Bill! Nunca me vou esquecer de ti! – A menina deu um beijo tímido no rosto dele e afastou-se.
Bill aproximou-se e deu um beijo estalado nos lábios dela. A menina sorriu para ele mais uma vez.
- Será o nosso segredo! – Sussurrou no ouvido dela.
Os pais de Bill pegaram nele ao colo e ele acenou para ela em sinal de adeus. Nicole cruzou as pernas e balançava o seu corpo para os lados sorrindo tristemente á medida que Bill desaparecia.
- Vamos querida! – Nicole entrou no carro, mas pronta para voltar qualquer dia. | |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Qua Jan 13, 2010 8:16 pm | |
| quero mais rapido fiquei super curiosa | |
| | | Hellly Forever Addicted
Número de Mensagens : 207 Idade : 31 Localização : Porto Membro preferido: : Bill Kaulitz Música/Video : TODAS!!! Sou fã desde: : 2007 Data de inscrição : 12/07/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Qua Jan 13, 2010 8:17 pm | |
| Prólogo
Olá, eu sou a Nicole. Porém toda a gente me chama de Nicky. Logo tu também me podes chamar assim. Tenho 17 anos e vivo em Portugal. Porquê? Porque os meus pais mudaram-se da Alemanha quando eu tinha quatro anos. Não me peças para te dizer sobre o que me lembro de Berlim, porque as minhas memórias são de zero! Isso mesmo, eu não me lembro de nada enquanto vivi na Alemanha. Eu era uma criança feliz desde que me lembro, e assim continuei até há três meses atrás. Sim, todo o meu mundo desabou há pouco tempo atrás. Queres saber porquê? Então senta-te, deita-te ou levanta-te, como preferires. Mas eu aviso já, tal como o começo, o fim da história pode ser igualmente triste. | |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Qua Jan 13, 2010 8:21 pm | |
| deixaste ainda mais curiosa posta logo eu quero, eu preciso, eu exijo mais rapidamente amo-te maninha querida | |
| | | Hellly Forever Addicted
Número de Mensagens : 207 Idade : 31 Localização : Porto Membro preferido: : Bill Kaulitz Música/Video : TODAS!!! Sou fã desde: : 2007 Data de inscrição : 12/07/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Qua Jan 13, 2010 9:21 pm | |
| 1
“A tristeza é a agonia de um momento. Cultivar a tristeza, um erro de toda a vida." (Benjamin Disraeli)
Eu não sabia porque estava rodeada por todo aquele silêncio. Os meus olhos não abriam por mais que me esforçasse, não sentia o meu corpo, eu não sentia nada… Nada! A minha mente estava vazia, leve. Tentei sentir o meu coração bater, e nada. O nada tinha me possuído por completo. Pergunto-me se estou morta. Será que sim?
Escuridão para que te quero?
Dá-me uma luz para me poder guiar
Nas tuas estradas sem chão,
Diz-me onde começas
Que eu ponho um fim em ti,
Mas por favor não me presenteies
Com o teu silêncio amargurado
Se todas as tuas ruas significam
De que apenas há um sentido,
Então aceitarei o meu destino
E me deixarei embalar
Nos braços da minha morte.
Mas para minha infelicidade, os meus olhos abriram-se e a primeira sensação que tive foi dor.
Vida por vezes nos traz
Momentos de felicidade, porém
Pergunto-me se a tristeza
É uma certeza constante
A dor física que agora sinto
É como um aviso para a destruição
Da minha vida sem brilho
Tantas questões aqui feitas,
E nenhuma resposta escrita,
O que será que a dor
Me reserva?
Primeira coisa que vi foi um tecto branco, mas porquê branco? Fazia com que sentisse dor nos olhos… Mais dor. Irritação veio de seguida, mas porque tenho de sentir dor? Porque não posso apenas estar no meu quarto a encarar as minhas paredes pretas?
Bip, bip, bip… Aquele barulho era insuportável e irritante! Mas que porra era aquele som e o que raio estava acontecer?
Um gemido involuntário saiu da minha boca. Eu não podia mexer-me, regra número um. Regra número dois, melhor ter calma para não quebrar a primeira regra. E regra número três, fazer as perguntas todas enquanto estou viva.
- Nicole… - Eu ouvi o meu nome ser sussurrado? De uma mulher?
Então chegou ao meu campo de visão uma mulher. Hey! Mas eu conheço-a!
- Tia? – Surpreendi-me com a minha voz rouca e quase inaudível.
- Sim sou eu minha querida.
Ela tocou no meu cabelo, até aí tudo bem, mas quando apertou a minha mão então eu fiz outra regra. Regra número quatro, não deixar que alguém me toque.
- Por favor, não me toques. Sinto o meu corpo dolorido.
Ela retirou logo a sua mão, e como eu já devia ter percebido, aquele lugar era um hospital. E eu era uma paciente deitada numa cama e podia sentir os meus ossos reclamarem com a dor. Regra número cinco, nunca se esqueçam que uma doente nunca está de perfeita saúde mental quando acorda dum coma. Eu disse coma?
Observei os olhos inchados e vermelhos da minha tia. Eu sabia que toda a felicidade tinha um fim, e a minha tinha acabado naquele momento.
- O que aconteceu? – Perguntei.
Eu não queria pensar, tinha medo do que poderia vir a recordar. Dor, dor e dor. Eu via a minha inútil vida ser despejada para o calabouço da extrema tristeza sem uma ponta de alegria.
- Não te lembras? – Perguntou ela.
Então eu fui obrigada a relembrar o momento que me tinha condenado ao inferno que eu própria criei.
Flashback On
- Nicky apenas estou a dizer que devias falar mais connosco!
- Mãe, quantas vezes já te disse para não te preocupares? Eu estou bem!
- Não estás não, tu chegas a casa quarto e fechas-te no teu quarto e ninguém mais sabe de nada! – Dizia o meu pai.
Era apenas mais um dia em que ele me levava para a escola, estou a cursar humanidades, era o meu último ano do liceu.
Até que de repente vi um carro vermelho na nossa direcção…
Flashback Off
Regra número seis, a tristeza é a certeza das minhas consequências, portanto, estar ciente de que o que aconteceu foi tudo minha culpa. | |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Qua Jan 13, 2010 9:33 pm | |
| | |
| | | Hellly Forever Addicted
Número de Mensagens : 207 Idade : 31 Localização : Porto Membro preferido: : Bill Kaulitz Música/Video : TODAS!!! Sou fã desde: : 2007 Data de inscrição : 12/07/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Qui Jan 14, 2010 9:03 pm | |
| 2
“A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.” (Norman Cuisins)
Alguns dizem que o tempo é o remédio para todo o sofrimento, mas eu digo que a minha tristeza não tem cura. O enorme vazio que sempre senti estava agora a ser devorado pela culpa e pela dor por tê-los perdido.
Nunca fui uma rapariga muito extrovertida, e odiava ter que meter os meus pais na minha vida quando eles já tinham mais em que pensar. Não queria ser um peso na vida deles, e por isso passei a resolver os meus próprios problemas e dilemas sozinha. E só de recordar que eles estavam naquela campa por minha causa dava-me vontade de berrar comigo própria por ter sido tão estúpida e ter feito tudo errado. Culpa minha porque eles apenas se preocupavam comigo, culpa minha porque não consegui dar a porra de uma resposta para os deixar tranquilos, culpa minha porque nunca lhes disse o quanto os amava… Culpa minha porque aquele acidente apenas aconteceu por minha culpa e que maldita culpa.
Tristeza a minha que veio para ficar
Neste turbilhão de sentimentos vazios,
Imploro para a dor não me deixar
Esquecer desta culpa venenosa
Lágrimas eternas
Para sempre no meu coração
O vazio que agora me corrói
Impede-me de respirar
Felizes eram os tempos
Em que vos tinha ao pé de mim,
Agora tudo se foi
E eu fiquei para trás.
Eu sentia-me perdida e sozinha depois que eles tinham morrido. E para mim a vida andava com tempestades agressivas e de certezas incertas. Como descrever a minha tristeza? Impossível, não há palavras que definem exactamente aquilo que sinto em relação á perda. Mas sentia-me morrer por dentro enquanto lutava por fora para manter a máscara de que estava tudo bem e que ia superar. O que na verdade superar a dor parecia impossível, e eu sentia-me um caco por ter que viver sem eles.
Tinha saído do hospital há poucos dias, e a primeira coisa que fiz foi vir ao cemitério onde eles estavam enterrados. Foi uma dor devastadora que me possuiu naquele momento, saber que eles tinham partido e que não iam voltar. Saber que não podia fazer nada.
- Vamos embora querida, em breve vai chover… - A minha tia ia ficar comigo durante os meses em que acabava o liceu, como ela era responsável por mim, tinha que ir viver com ela para Berlim. Podia ser uma oportunidade de recomeçar a minha vida, mas a partir do dia em que acordei do coma eu simplesmente deixei de viver por livre vontade e apenas respirava para não dar mais uma tristeza aos meus tios.
Pesadelos que me caçam de noite
Impedem-me de seguir com o meu sono
Cheio de flores perfumadas
E de pássaros a bailar
A minha canção de ninar
Não mais é tocada
E eu fico assim,
Como uma brisa nostálgica
Que se perde no ar
Diz-me mãe se o tempo pode
Voltar atrás,
Diz-me se ainda posso recuperar
Os nossos momentos de felicidade
Peço perdão se alguma vez te
Desiludi,
Mas acredita, se houvesse alguma
Oportunidade de compensar todo
O tempo em que estive ausente
Eu faria de tudo para ter esse
Tempo de volta…
- Nicky! Acorda! Está tudo bem! – Abri os meus olhos, encarei o tecto preto por um segundo. Outro pesadelo. E era sempre o mesmo. O carro vinha contra o nosso e eu apenas gritava com a luz incandescente que fazia doer os meus olhos.
Chorava sempre quando a minha tia saía do meu quarto, eu sofria em silêncio e não deixava que ninguém visse o quanto devastada estava. E a partir do momento em que saí do hospital deixei de me preocupar se alguém tinha pena ou o que elas pensavam de mim. Eu estava indiferente para todos há minha volta, apenas me agarrava á dor alimentando-a cada vez mais, como se eu própria merecesse todo aquele inferno. E foi então que me isolei completamente e entrei na minha maldita depressão que me ia matando aos poucos. | |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Qui Jan 14, 2010 9:13 pm | |
| tao lindo tu nao tens culpa nicky isso acontece continua | |
| | | Hellly Forever Addicted
Número de Mensagens : 207 Idade : 31 Localização : Porto Membro preferido: : Bill Kaulitz Música/Video : TODAS!!! Sou fã desde: : 2007 Data de inscrição : 12/07/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Sáb Jan 16, 2010 3:16 pm | |
| 3
“É difícil suportar a dor da despedida, principalmente quando a partida, é para nunca mais voltar.” (Jair de Assis)
Tive o triplo do trabalho que todos os meus colegas da minha turma tiveram, por ter faltado quatro meses às aulas tive imensas provas de recuperação e ainda os exames de aprovação para a faculdade de Berlim. O que fez da minha cabeça estourar assim que me vi livre desse pequeno pesadelo.
Porém, outro ainda maior estava para começar. Em poucos dias ia para Berlim viver com os meus tios e com a minha prima Kelly. A minha prima e eu éramos bastante chegadas, porém, com a minha depressão acabei por deixar de falar com ela e apenas dava respostas curtas quando me telefonava. Eu realmente não queria que ninguém compartilha-se da minha dor, ninguém mais tinha que sofrer a não ser eu.
Partir iria ser difícil, uma vez que eu cresci aqui e todas as memórias boas que passei foram passadas neste lugar. E depois, deixar os meus pais e ficar longe deles iria ser das coisas que mais iam magoar-me. É realmente uma porra quando não tens vontade de viver e apenas continuas a respirar para não ser mais uma desilusão.
Eu nem sempre fui assim, era uma rapariga feliz, com a família perfeita. Até que começou a apoderar-se de mim um vazio. Um vazio que eu não sabia de onde vinha nem o porquê. Apenas não sabia o que me faltava para ser continuar a ser feliz. Até que comecei a fechar-me no quarto horas a fio, a tentar perceber o que havia de errado.
Estava a empacotar as minhas coisas, iria mandar pelo correio para a nova casa, quando a minha tia entrou no quarto.
- Então ainda falta muito?
- Não, só mais esta e fica pronta… - A minha voz não passava de um sussurro. E da última vez que me vi ao espelho, estava com olheiras horríveis e muito pálida. Bom, para ser clara, eu estava um desastre.
Anne olhou para mim com aquele olhar preocupado, o que eu odiava. Só me fazia sentir ainda pior. Ela de alguma maneira sabia que eu precisava de viver na dor para seguir em frente seja de que maneira, e eu agradecia por ela não insistir comigo.
Olhei pela janela, estava sol. Odiava o sol nos últimos dias, sufocava-me sempre que saía de casa. Odiava imensas coisas ultimamente.
Olhei para a casa vazia, como eu me sentia.
Casa nua, vazia,
Como o meu ser
Desprovido de alegrias
Um adeus que sai do meu silêncio
Como uma tortura sufocante,
Dias negros que atormentam o meu coração
Imploro por paz e por alguma luz
Que me guie por esta vida indesejada.
- Pronta? – Perguntou a minha tia.
- Sim… - Sussurrei.
Encostei a minha cabeça no banco e fechei os olhos á espera que aquelas malditas horas passassem e chegasse logo a Berlim. | |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Sáb Jan 16, 2010 3:52 pm | |
| tao lindo. adorei mesmo. quero mais. | |
| | | Hellly Forever Addicted
Número de Mensagens : 207 Idade : 31 Localização : Porto Membro preferido: : Bill Kaulitz Música/Video : TODAS!!! Sou fã desde: : 2007 Data de inscrição : 12/07/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Qui Jan 21, 2010 12:42 am | |
| “Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.” (Miguel Torga)
Saí do avião com o meu humor negro de sempre. E senti uma sensação familiar naquele aeroporto. Provavelmente estive aqui quando era criança. Muitas pessoas diziam que era normal não me lembrar de nada do meu passado, porém, eu não achava nada de normal. E há medida que olhava as ruas e as casas, cada vez mais me familiarizava com os lugares.
Embora que tenhamos demorado alguns minutos a chegar a casa dos meus tios, fiquei maravilhada. Não era muito grande mas também não era pequena. Com dois andares e rodeada por um lindo jardim. Vi Kelly a olhar para mim na janela, deu-me um aperto no coração. Afastei-a tanto de mim nos últimos meses que já nem deve querer olhar para a minha cara. Mas estava redondamente enganada, assim que entrei, Kelly correu escadas abaixo e abraçou-me com força.
- Bem-vinda. – Ela disse.
Correspondi ao toque dela com um pequeno e frágil abraço.
- Obrigada… - Sussurrei.
Kelly fez-me uma visita guiada pela casa inteira, e quando parámos no meu quarto, vi as minhas caixas no chão e as minhas malas em cima da cama.
- Queres ajuda para arrumar? – Ela perguntou.
- Não obrigada. – Respondi com um ligeiro sorriso.
Kelly saiu deixando-me sozinha no meu novo quarto. Então tirei os meus óculos escuros e olhei para o espelho que estava na minha frente. Desastre, eu continuava um desastre. Suspirei, talvez o meu pesadelo não acabe nunca e acabarei neste inferno para toda a vida.
Desempacotar e arrumar. Foi a minha missão durante a hora seguinte. E de seguida, olhei para os comprimidos que o meu médico me tinha receitado. Vou ser sincera, nunca tomei aqueles comprimidos, tentava ficar sem dormir para fugir aos pesadelos, porém, acabava sempre por adormecer e acordava aos gritos. Se eu tomasse aqueles comprimidos iria dormir sem sonhar, mas o problema era que corria o risco de ficar dependente, e mais uma complicação só me iria estragar mais a vida.
Fiquei deitada na cama durante horas, sentia-me cada vez mais cansada. Precisava de dormir urgentemente. Olhei para os comprimidos mas virei as costas e deixei-me adormecer. E tudo veio de novo, o carro vermelho, as luzes brancas…
- Nicky! – Abri os olhos para a realidade, Kelly estava sentada ao meu lado em expressão de choque. E a minha aparência não ajudou em nada.
- Tudo bem? – Ela perguntou com alguma hesitação.
- Sim, foi apenas um pesadelo.
Kelly olhou os comprimidos e depois voltou o seu olhar para mim. Era realmente uma porra sentir-me culpada de tudo e ainda ter que sentir as preocupações dela e dos meus tios sobre mim. Era tudo um inferno.
- O jantar está pronto. – Ela falou ainda a encarar-me.
- Eu desço já.
Kelly saiu e eu encarei a janela. Vi o céu escuro e senti um aperto no coração. Perguntei-me se aquele sofrimento nunca teria fim. Desci as escadas e fui para a sala de jantar. Vi o meu tio sentado, e quando me viu sorriu tranquilamente. Pude ver a mensagem de preocupação patente nos seus olhos. Se ao menos conseguisse tranquilizá-los a todos. Se ao menos eu conseguisse sair desta maldita depressão e viver a minha vida…
Voltei para o meu quarto depois do jantar. E assim voltei para a minha rotina de antigamente. Fechava-me no quarto horas a fio e apenas saía para as horas do almoço. Os pesadelos continuavam, a minha aparência apenas piorava, e o meu sofrimento matava-me aos poucos.
Naquele dia, como todos os outros, estava deitada na minha cama a tentar manter-me acordada. Porém, Kelly bateu á porta e entrou. Durante aqueles dias, Kelly não me disse nada, percebeu que precisava de espaço e por isso não interferiu. Mas desta vez foi diferente…
- Eu convidei uns amigos para virem cá hoje á tarde. Porque não ficas connosco na sala?
- Não, eu fico por aqui obrigada. – Amaldiçoei-me infinitas vezes por preocupá-la e por não ter vontade para viver. Eu existia, não vivia.
- Nicky, eu seu que estás a sofrer bastante, mas eu acho que está na hora de deixares que te ajude. Eu não aguento mais ver-te assim! Por favor, reage!
Eu não disse nada, apenas continuei a encarar a janela á espera que ela desistisse e saísse dali para poder chorar. Eu não sabia mais o que fazer.
As horas passavam, e eu lutava para continuar acordada. Tirei os comprimidos da gaveta e olhei para eles. Talvez fosse uma solução.
Desci as escadas e ouvi Kelly e os seus amigos a conversarem. Não me aproximei, fui para a cozinha e enchi um copo com água.
- Ela precisa muito de ti e de certeza que ela sabe disso. Dá-lhe mais tempo para sair do seu refúgio.
Parei naquele momento, aquela voz soou nos meus ouvidos como uma lembrança do passado.
Flasback On
- Promete que não te vais esquecer de mim! – Dizia Bill olhando nos dela.
-Prometo! – A menina sorriu para ele corada.
- Promete que vais voltar!
- Prometo Bill! Nunca me vou esquecer de ti! – A menina deu um beijo tímido no rosto dele e afastou-se.
Bill aproximou-se e deu um beijo estalado nos lábios dela. A menina sorriu para ele mais uma vez.
- Será o nosso segredo! – Sussurrou no ouvido dela.
Os pais de Bill pegaram nele ao colo e ele acenou para ela em sinal de adeus. Nicole cruzou as pernas e balançava o seu corpo para os lados sorrindo tristemente á medida que Bill desaparecia.
- Vamos querida! – Nicole entrou no carro, mas pronta para voltar qualquer dia.
Flasback Off
O meu coração batia freneticamente, o que me incomodou. Pois há tanto tempo que não o sentia desta maneira. Bill. O meu amigo que deixei aqui em Berlim quando tinha quatro anos. Seria mesmo ele naquela sala?
Fiquei parada com o copo na mão longos minutos, até que ouvi as vozes aproximarem-se da cozinha. Acordei do meu transe e ao sair da cozinha esbarrei-me contra alguém.
- Desculpa. – Sussurrei.
Sem nem olhar para a cara dele, subi as escadas para tomar o comprimido, ficando o perfume daquele ser preso nas minhas narinas por longas horas. | |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Qui Jan 21, 2010 1:34 am | |
| lindo adorei como sempre quero mais e mais e mais ... ... ... ... ... | |
| | | Hellly Forever Addicted
Número de Mensagens : 207 Idade : 31 Localização : Porto Membro preferido: : Bill Kaulitz Música/Video : TODAS!!! Sou fã desde: : 2007 Data de inscrição : 12/07/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Sex Jan 22, 2010 1:16 am | |
| 5- Ponto de Vista do Bill
"Quando o amor vos fizer sinal, segui-o; ainda que os seus caminhos sejam duros e escarpados. E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos; ainda que a espada escondida na sua plumagem vos possa ferir." (Khali Gibran)
Rolei na cama não sei quantas vezes. Mas estava realmente difícil adormecer. Falta de sono? Talvez. Ultimamente ficavas noites assim, a contemplar o escuro sem saber o que fazer para preencher mais a minha vida. Para quase todos eu era o Bill Kaulitz, o vocalista da banda Tokio Hotel. Era adorado por milhões de fãs e elogiado pelo meu estilo original. Para as pessoas que mais amo sou apenas o Bill. Um rapaz de dezoito anos normal com problemas normais. E eu? O que eu pensava sobre mim? Era difícil sair do palco, das entrevistas e das sessões de fotografias e mudar para o Bill. Pergunto-me até qual é a diferença entre o Bill Kaulitz e o Bill verdadeiro.
Rolei na cama mais uma vez, tenho um grande defeito: pensar demasiado. Outros atribuem como sendo o perfeccionismo. Eu discordo completamente. Apenas quero que tudo seja perfeito para agradar aos nossos fãs e dar-lhes aquilo que eles merecem por nos apoiarem tanto.
Levantei-me da cama. Estava farto de estar deitado.
- Bill acorda! Temos de ir para o estúdio. – Ouvi a voz do meu irmão.
Abri os olhos e vi a cara do Tom impaciente.
- Já vou… - Respondi morto de sono.
Relembrei da noite passada, tinha adormecido no sofá da sala a ver um filme. E hoje as minhas costas iriam reclamar.
- Parece que hoje os papéis inverteram-se.
- Cala-te. Eu apenas dormi mal de noite.
Tom riu-se do meu humor negro e respondeu:
- O menino está mal disposto hoje!
Peguei numa almofada e atirei para ele. Tom sempre gostava de pegar comigo, mas ele pode esperar por resposta!
Levei uma hora a preparar-me para sair de casa. A pior parte de sermos famosos era os paparazzi que nos perseguiam para todo o lado. Claro que conseguíamos despistá-los quando precisávamos, mas tornava-se incomodativo quando queres privacidade e lá estavam eles a quebrar o nosso desejo.
Cheguei ao estúdio e vi Andreas com a namorada. Invejava-o numa coisa: Andreas era amado. Há bastante tempo que não me apaixonava. Desde que a banda começou a fazer sucesso que não tive oportunidade para dar ao meu coração aquilo que mais ansiava. Desisti de procurar por entre a multidão quando o tempo passava e ela não aparecia. E se a rapariga ideal estava no meio das raparigas que gritavam o meu nome e eu apenas não a vi? Suspirei, tantos vocalistas de bandas conhecidas que mantinham um relacionamento na maior normalidade e eu continuava sem me apaixonar.
Por vezes os nossos amigos faziam-nos uma pequena visita quando estávamos fechados no estúdio a trabalhar para o próximo álbum.
- Então mais um dia de trabalho? – Perguntou Andreas aproximando-se.
- Tem que ser, estamos na fase final do nosso álbum.
- Bom, eu e Sacha viemos perguntar-te se queres vir a casa da Kelly. Os tios que moram em Portugal faleceram e a prima está em coma. Está super mal.
Odiava notícias daquelas. Kelly era nossa amiga, e por isso ia acabar o trabalho mais cedo para lhe dar apoio. Falei com Tom, ficou ainda mais preocupado que todos nós. Havia vezes em que via no olhar dele algo mais que amizade, mas sempre que os dois se juntavam nada acontecia. Enfim, talvez fosse apenas impressão minha.
- Nós vamos no final da tarde. – Disse a Andreas depois de falar com Tom.
Eles foram embora, e assim que Georg e Gustav chegaram fomos adiantando o trabalho para visitar Kelly.
A banda era a grande parte da minha vida que me fazia feliz. Cantar era a minha principal paixão, e quero continuar a fazê-lo até quando me for possível.
Assim que o nosso trabalho acabou, eu e Tom partimos para casa de Kelly. E fiquei com o coração apertado ao vê-la chorar e sofrer pela sua prima que também era a sua melhor amiga que não acordava do coma.
- Eu posso ficar contigo se quiseres. – Disse Tom abraçando-a.
- Não obrigada. Eu fico bem. – Ela respondeu limpando as lágrimas.
- Se precisares de alguma coisa é só ligar. – Falei.
- Obrigada rapazes.
Despedimo-nos dela com um forte abraço e seguimos para casa. Estranhei o facto de Tom ter ficado em casa, ele sempre saía quando podia.
- Não vais sair? – Perguntei pegando numa fatia de pizza.
- Não estou com vontade.
Ergui o meu olhar para a cara dele. Será que o meu irmão estava doente?
- Porquê? – Perguntei surpreendido.
- Apenas não me apetece Bill!
- Wow! Quem é que está mal disposto agora?
Tom suspirou e sentou-se na cadeira.
- O que se passa? – Perguntei preocupado.
- Eu não gosto de a ver sofrer.
Olhei fundo nos olhos dele e percebi de quem falava.
- Kelly vai ficar bem, nós estamos do lado dela para apoiá-la! – Respondi.
- Para mim não chega.
E tive novamente a sensação de que se passava algo mais no coração dele. Comecei a pensar que não era mais impressão minha e que Tom podia estar a começar a apaixonar-se por Kelly.
- O que foi? - Ele perguntou.
- Isso é só preocupação? – Eu já sabia que ele não ia admitir nada por enquanto. Teria de ser sincero consigo mesmo primeiro.
- Andas a ver filmes onde eles não existem Bill! – E dito isto ele subiu as escadas e ouvi a porta do seu quarto bater com força.
Eu acabei por passar o resto da noite novamente no sofá e adormeci a ouvir música.
Aqueles três meses se passaram, o nosso álbum já estava pronto, mas só sairia no fim do ano. Georg tinha ido numa viagem com a família e Gustav fez o mesmo. Eu e Tom passávamos mais tempo com os nossos pais e com os nossos amigos. Kelly ainda sofria pela sua prima que apesar de ter acordado do coma, tinha entrado numa enorme depressão e não falava com ninguém. Eu entendia o sofrimento dela, tinha perdido os pais e não sabia o que fazer. Kelly tinha-me dito que ela chegava em alguns dias em Berlim. Iria ingressar na faculdade e viver com ela.
- Ela não fala com ninguém. A minha mãe não sabe o que fazer, grita de noite e não come nada. – Disse na véspera da sua chegada.
Tom estava mais presente como nunca, e para ser sincero, nunca o tinha visto preocupar-se tanto com alguém a não ser comigo. Sabia que era difícil para ele perceber de que não sentia apenas amizade. Tom adora curtir a sua vida com muitas aventuras nunca se entregando a uma mulher só. Mas se ele não abrir os olhos a tempo, vai perceber tarde demais e perder Kelly para outro.
Então a prima dela chegou, e eu não sabia porque estava nervoso com isso. Talvez porque ela iria precisar do nosso apoio ou porque eu iria ficar com o meu coração apertado quando visse a sua expressão de dor e de perda. Mas sempre que eu e Tom íamos lá a casa, ela estava sempre fechada no quarto e nunca saía. Eu compreendi, era o seu refúgio para estar com a dor.
- Eu não aguento mais. Os gritos dela são mesmo de dor, não fala com ninguém, não come nada, não sai do quarto… E o pior, é que estou preocupada com a saúde dela, se vocês vissem o estado dela… Não é apenas de dor, é como se estivesse a morrer a cada dia que passa…
E mais preocupado eu ficava com a estranha, nem eu sabia ao certo se realmente queria ver tal sofrimento numa pessoa só, mas Kelly precisava de nós, e a prima dela igualmente.
Ouvi alguém a descer as escadas, só podia ser ela. Mas eu falei para Kelly.
- Ela precisa muito de ti e de certeza que ela sabe disso. Dá-lhe mais tempo para sair do seu refúgio.
- Eu acho que já passou tempo demais. Ela já devia ter reagido!
- Cada um lida com a dor á sua maneira. Vais ver que ela vai acabar por se abrir… - Disse Tom abraçando-a.
- Espero bem que sim… - Ela respondeu pensativa. – Vou preparar o nosso lanche.
Kelly levantou e eu e Tom fizemos o mesmo.
- Nós ajudámos. – Disse Tom.
Caminhamos para a cozinha, e ao entrar alguém se esbarrou contra mim mas logo se recompôs sussurrando:
- Desculpa.
Não sei o que deu em mim, eu apenas recuei no passado…
Flashback On
- Promete que não te vais esquecer de mim! – Dizia Bill olhando nos dela.
-Prometo! – A menina sorriu para ele corada.
- Promete que vais voltar!
- Prometo Bill! Nunca me vou esquecer de ti! – A menina deu um beijo tímido no rosto dele e afastou-se.
Bill aproximou-se e deu um beijo estalado nos lábios dela. A menina sorriu para ele mais uma vez.
- Será o nosso segredo! – Sussurrou no ouvido dela.
Os pais de Bill pegaram nele ao colo e ele acenou para ela em sinal de adeus. Nicole cruzou as pernas e balançava o seu corpo para os lados sorrindo tristemente á medida que Bill desaparecia.
- Vamos querida! – Nicole entrou no carro, mas pronta para voltar qualquer dia.
Flasback Off
Nicky. Era o nome que passava na minha mente. Nicky era uma amiga com quem tinha passado alguns anos da minha infância. Será ela a prima de Kelly?
Fui despertado para a realidade quando senti o aroma da rapariga no ar. Tão doce. Um perfume que podia viciar de certeza. Agora não mais me sentia nervoso, mas sim ansioso por vê-la rapidamente.
- Kelly? – Chamei-a ainda absorto nos meus pensamentos.
- Sim?
- A tua prima… Ela chama-se Nicky?
Kelly olhou para mim com questões patentes no seu olhar.
- Sim porquê?
Olhei para Tom e disse:
- Lembraste? A Nicky da nossa infância?
Tom sorriu e virou-se para Kelly:
- Bill pensa que a tua prima é a mesma com quem ele teve um namorico de criança.
Kelly voltou a sua atenção para mim a sorrir e respondeu:
- Eu não acho que seja coincidência…
Fiquei curioso com o que ela quis dizer com aquilo, mas ela nem me deixou perguntar.
- Assim que a vires podes ter a certeza…
Ela piscou o olho mas definitivamente havia mais naquele olhar. Mas eu apenas conseguia pensar naquele aroma e no impacto de quando ela se esbarrou contra mim. E desejei por dias que Nicky saísse do seu refúgio para que eu a pudesse ver. | |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Sex Jan 22, 2010 7:51 pm | |
| | |
| | | Hellly Forever Addicted
Número de Mensagens : 207 Idade : 31 Localização : Porto Membro preferido: : Bill Kaulitz Música/Video : TODAS!!! Sou fã desde: : 2007 Data de inscrição : 12/07/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Seg Jan 25, 2010 3:55 pm | |
| Eu vou dedicar este capitulo á minha maninha do meu coração que eu tanto adoro. Kelly, és das pessoas mais importantes para mim e nunca te vou esquecer...Estarás sempre aqui aqui, S2!!! Sei q estarás empre ao meu lado, assim como eu vou estar sempre presente... Amo-te mais que tudo mein liebe!
6
"As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar." (Leonardo da Vinci)
Entrei no meu quarto ainda a pensar naquele perfume e no momento em que me esbarrei com ele. Amaldiçoei-me por não ter olhado para o seu rosto para descobrir ser o Bill que tinha deixado cá. E se fosse? O que lhe diria depois de tantos anos sem nos falarmos? Será que se lembrava de mim?
Bufei com força, quem se importava se alguém se lembrava de mim? Tantos meses presa num quarto sem me importar com o que se passava lá fora ou com as pessoas que mais amava. Que egoísta que fui!
Desci as escadas depois de acordar, era de manhã e quando olhei para o relógio vi que era neste momento em que Kelly preparava o seu pequeno-almoço. Vi as expectativas no olhar dela, e vi que estava na hora de começar a viver, mesmo que muito difícil, não posso fazer outros sofrerem com a minha dor. Ela era só minha e irei viver com ela até ao fim dos meus dias.
- Bom dia – A minha voz ainda continuava um sussurro perturbante. E isto também teria que mudar.
- Bom dia! – Ela falou animada. – Queres que te prepare o pequeno-almoço?
- Só se puder ajudar… - Respondi com um sorriso.
Senti como se fosse bom estar de volta, e eu apenas saí do meu refúgio quando recuei no passado e me lembrei do meu amigo colorido que tanto adorava na altura. E perguntei-me como estaria ele agora, se ainda se lembrava de mim e se era feliz como tanto merecia. E eu estava de volta, como lhe havia prometido…
- Em que tanto pensas? – Perguntou Kelly interrompendo os meus pensamentos.
- Apenas nas minhas memórias de quando vivia cá, porquê?
- Estavas a sorrir…
Não tinha reparado que sorria até ela me ter falado nisso, e realmente eu estava a sorrir verdadeiramente. Senti o meu coração bater de novo, apenas por causa do Bill. Eu tinha de o encontrar, mesmo que para isso tivesse de atravessar o atlântico.
- Que vais fazer hoje? – Perguntei.
- Eu convidei aqueles meus amigos para virem cá de novo… Podias ficar connosco…
- Hum… Eu vou dar uma volta primeiro. Depois cá apareço ok?
- Claro! Se quiseres eu digo aos rapazes e eles vêm mais tarde. Assim posso ir contigo…
- Não, eu quero andar sozinha… Para pôr a minha mente em ordem se não te importares…
- Claro que não…
Ficámos em silêncio por alguns minutos, até que Kelly perguntou.
- Gostas de Tokio Hotel?
Tokio Hotel… Esse nome era familiar aos meus ouvidos. Eram uma banda alemã que andava a fazer muito sucesso em Portugal.
- Eles são conhecidos em Portugal, mas eu nunca os vi nem nunca ouvi uma música deles… Dizem que são muito bons…
- Os melhores! – Exclamou Kelly.
Sorri perante a felicidade dela, era tão bom ver aquilo brilho nos olhos dela…
- Já acabaste? – Perguntou.
- Sim, porquê? – Respondi curiosa.
- Vem comigo.
Kelly agarrou na minha mão e guiou-me até ao quarto dela. Assim que ela fechou a porta, vi um poster gigante da banda. E quem mais captou a minha atenção foi aquele rapaz de cabelo preto com madeixas brancas espetado para todo o lado… Ele fez-me lembrar do Bill, o meu amigo colorido…
- São eles… Nunca os viste numa revista?
- Por incrível que pareça não…
Eu continuava com os meus olhos presos naquele rapaz… Tão lindo, tão perfeito, e ainda tinha aquela sensação de que o conhecia há anos e de que era aquele meu Bill…
- Mas porque me perguntas se os conheço? – Perguntei agora observando os outros membros da banda…
- Hoje á tarde vais saber…
Sorri, e respondi…
- Não serias tu sem os teus mistérios pois não?
Kelly fez-me um olhar misterioso e alegre, preparava algo, podia ver isso nas suas expressões…
Depois de ajudar Kelly a arrumar a casa e do almoço, saí para a rua sentindo uma brisa fria no meu rosto e percorrer toda a minha espinha. Eu não sabia porquê mas sentia que algo ia acontecer muito bem em breve…
Não sei por quanto tempo caminhei, mas estava a sentir-me bastante bem… Nem sei como fui capaz de me fechar no meu quarto por longas semanas e negar a beleza de Berlim? O tempo estava a ficar cinzento, logo poderia chover, mas mesmo assim continuei a caminhar. Parei numa ponte observando o rio passar por debaixo de mim, era bom para descansar um pouco e voltar para casa. Promessa: eu vou recuperar desta maldita depressão e procurar ser feliz. Já chega de chorar e de me alimentar da tristeza. Ia passar não só a existir mas também a viver.
Dirigi-me para casa, e assim que senti pingas de chuva na minha testa comecei com o meu passo acelerado. Cheguei em casa e logo ouvi vozes vindas da sala de estar, eram os amigos da minha prima. E de repente fiquei nervosa, e se aquele rapaz com quem me choquei no outro dia estivesse ali?
Entrei na sala e vi dois rapazes sentados no sofá. E logo percebi o mistério de Kelly. O vocalista e o guitarrista da banda Tokio Hotel estavam lá. Vi o de rastas olhar para Kelly com um interesse que ia além de amizade, e o outro… Que me fitava com muita atenção e com um olhar doce, o mais doce que se pode receber na vida. E tive a certeza de que era o Bill, o meu Bill.
Kelly levantou-se e fez as apresentações.
- Ainda bem que vieste! Rapazes, esta é a Nicky, a minha prima que está a morar comigo e com os meus pais… Nicky, este inocente é o Tom e o seu irmão gémeo Bill.
Eu não dei muita importância ao que ela dizia, pois estava presa naquele olhar que me dava vontade de correr para os braços dele e ser feliz.
Ele veio até mim e lentamente deu-me um beijo no rosto, doce como aquele que dávamos quando éramos pequenos. Corei, disso tinha certeza, mas Bill afastou-se muito lentamente, nunca desviando o seu olhar do meu. E tive a sensação de que tinha atingido o paraíso.
- Olá Nicky… Há tanto tempo que não nos víamos…
- Muitos anos se passaram não é verdade?
Eu não conseguia fazer mais nada, apenas ficámos a olhar intensamente um para o outro, sorrindo. Queria aproveitar aquele momento em que o meu coração batia freneticamente e quando olhei para os seus lábios tive um impulso de o beijar, mas claro que tive de me controlar… Até porque estava mais enfeitiçada por aquele olhar doce e carinhoso que aquele ser mantinha sobre mim…
Última edição por Hellly em Seg Jan 25, 2010 8:23 pm, editado 1 vez(es) | |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Seg Jan 25, 2010 6:24 pm | |
| eu nao acredito que paraste ai eu mato te quero mais | |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Seg Jan 25, 2010 8:30 pm | |
| eu tambem te amo muito paixão. é claro que nunca te vou esquecer. vais ter que me aturar para o resto da tua vida. | |
| | | Hellly Forever Addicted
Número de Mensagens : 207 Idade : 31 Localização : Porto Membro preferido: : Bill Kaulitz Música/Video : TODAS!!! Sou fã desde: : 2007 Data de inscrição : 12/07/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Sex Jan 29, 2010 1:13 am | |
| 7
“Dá-me um olhar/Que eu te darei um motivo…/Dá-me um sorriso/Que eu te darei uma razão…/Dá-me os teus lábios/Que eu te darei um beijo…/Dá-me um ouvido/Que eu te darei uma voz/Dá-me o teu passo/Que eu te darei um futuro/Dá-me um sim/Que eu te farei feliz.” (Olavio Roberto)
Ela não saía do seu quarto, e eu começava a ficar impaciente. Se antes tinha dificuldade em dormir, então agora é que não dormia mesmo.
- Eu não acredito que estás assim por causa da prima dela! Nem sabes se é mesmo a Nicky!
- Só pode ser ela! Não existem coincidências… - Eu queria arduamente acreditar que era ela sim, apenas pensava nela a toda a hora e ficava nervoso sempre que Kelly vinha a nossa a casa. E sim, eu tinha ficado com o cheiro daquele perfume na minha mente durante aqueles dias ansiosos e nervosos. – Bom, vamos logo porque hoje temos de falar com a gravadora.
- Chato… - Resmungou Tom ainda a beber o seu sumo de laranja.
Saí de casa e olhei para o céu, sorri. Combinávamos, o tempo estava cinzento, nervoso e ansioso, como eu. E tudo isto porquê? Porque vou para casa da Kelly depois de falar com a gravadora. E tomara que Nicole saia do seu refúgio, nem que seja apenas para ver um fio de cabelo dela…
O nosso álbum já estava pronto, estávamos agora a marcar as datas para a nova tour que se iniciará no próximo ano.
- Tom vais ficar aí ao telemóvel o tempo todo? Eu vou indo para casa da Kelly.
Tom olhou para mim e desligou o telemóvel em segundos. E era sempre assim, sempre que referia o nome de Kelly, Tom prestava toda a atenção. Como era possível não se aperceber que desejava Kelly mais do que uma amiga? Pensei nas suas razões, se eu tivesse uma amiga que me era próxima, então teria medo de atirar tudo para o ar caso ela me recusasse, mas mesmo assim não desistiria nunca de a conquistar. Mas talvez Tom estivesse inseguro demais para estar certo dos seus sentimentos e por medo de perder a amizade de Kelly. Suspirou, se ao menos não fosse tão casmurro!
Eu saí depois de Tom, cada vais nervoso e ansioso por chegar a cada dela e ver Nicole. Mas tal não aconteceu, Kelly havia dito que Nicole tinha dado os primeiros passos para sair da depressão que a consumia, tinha tomado o pequeno-almoço com ela e tinha saído para dar uma volta. Iria voltar para se juntar a nós mais tarde. E ao ouvir aquela boa notícia, o meu coração bateu como nunca o tinha sentido.
Uma hora passou e ela não chegava, duas e mais uma… Será que tinha desistido de vir para a nossa beira? Mas então eu a vi. Tão perfeita quanto antes, mas claro, agora era uma mulher e muito mais linda. Aqueles olhos azuis fitavam-me, e eu apenas senti que estava a mergulhar neles há medida que o meu coração ficava preso diante daquele olhar.
- Ainda bem que vieste! Rapazes, esta é a Nicky, a minha prima que está a morar comigo e com os meus pais… Nicky, este inocente é o Tom e o seu irmão gémeo Bill.
Kelly fez as apresentações, mas eu já sabia que aquela rapariga na minha frente era a minha Nicky.
- Olá Nicky… Há tanto tempo que não nos víamos…
- Muitos anos se passaram não é verdade?
A voz dela não passava de um sussurro, observei o seu rosto lindo, branco que chegava a parecer uma boneca de porcelana, mas as suas olheiras realmente preocupavam uma pessoa. E vi nos seus olhos a tristeza em que se afundava, torturava-a e matava-a aos poucos. Queria abraçá-la e mantê-la nos meus braços protegendo-a contra a escuridão que se apoderava dela. Ela não merecia sofrer, e apenas pensava em fazê-la sorrir e nunca mais sair da vida dela de novo. Eu não iria deixar que ma tirassem de mim agora que finalmente a encontrei.
- Senta-te connosco! Nós vamos ver um filme…
Ela desviou o seu olhar do meu e perguntou a Kelly:
- Que tipo de filme?
E ao ver aqueles lábios vermelhos deu-me vontade de provar o gosto deles e movê-los docemente contra os meus.
- Terror. O que achas? – Respondeu Kelly.
- Óptimo! Adoro filmes de terror.
Ela sentou-se perto de mim sorrindo levemente. E durante o filme, ela apertava as mãos com o medo, mas outras vezes relaxava respirando levemente. Eu queria desesperadamente agarrar na sua mão e mostrar-lhe que não precisava de ter medo, estava ao lado dela, e queria estar sempre. Eu não dei quase atenção nenhum ao filme, nem sabia qual era a história, estive sempre atento às reacções de Nicky.
Então o filme acabou, e todos relaxaram, vi que Tom segurava a mão de Kelly, e desejei fazer o mesmo com a minha Nicky, mas sabia que era muito cedo para retomar os laços do passado.
Ela olhou um segundo para mim, perguntei-me se ela sentia o mesmo que eu ou se o passado era apenas uma recordação.
- Então formaste uma banda… Como é a sensação de ser adorado por quase todo o mundo?
- Uma boa sensação sem dúvida, mas entrei no mundo da música para dar a conhecer às pessoas aquilo que eu faço. O que eu realmente eu quero fazer para toda a vida.
Ela sorriu novamente, eu já tinha dito o lindo sorriso que ela tem? Tão doce e cativante…
- Eu não sabia de nada, mas de certeza que vou ficar fã logo no primeiro segundo da primeira música que ouvir.
Sorri, e também era um doce de rapariga. Estava surpreso com o bater frenético do meu coração, há tanto tempo que não o sentia assim, e aquela felicidade repentina era a melhor sensação de todas.
- Ouvi dizer que vais para a universidade. Que curso?
- Língua e Literaturas modernas. A minha grande paixão.
Ambos sorrimos, a beleza dela era algo incomparável, se me perguntassem se conhecia a deusa da beleza apenas um nome sairia dos meus lábios. Nicky. Aquele nome cantava no meu ouvido com uma doçura e ao mesmo tempo fervorosamente de a ter em meus braços. Perguntei-me se o amor era algo que se podia sentir em apenas um dia, ou se era apenas o início de um grande amor. Olhei mais um fundo nos olhos dela, assim como ela fez comigo. Era hipnotizante e intenso a maneira como que nos olhávamos. Podia jurar até que vi um brilho nos olhos dela, um brilho diferente de quando éramos apenas crianças, mas um brilho mais doce e algo que eu não conseguia decifrar.
- Pensava que nunca mais te ia ver… - Falei sem pensar.
Vi as suas bochechas ficarem coradas levemente e apeteceu-me acariciá-las. Como ficava fofa…
- Bom, eu prometi que ia voltar não prometi? – Apesar de o sorriso dela não ser feliz, já era um começo para fazê-la sorrir mais vezes. E vê-la sorrir seria a minha missão para toda a vida…
| |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Sex Jan 29, 2010 1:27 am | |
| tao lindo eu quero mais eu tambem quero um tom asim para mim lol sabes que eu estou a brincar bem mais imediatamente | |
| | | Hellly Forever Addicted
Número de Mensagens : 207 Idade : 31 Localização : Porto Membro preferido: : Bill Kaulitz Música/Video : TODAS!!! Sou fã desde: : 2007 Data de inscrição : 12/07/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Sáb Fev 06, 2010 6:47 pm | |
| 8
“Quando o amor enche o coração, não deixa nele lugar para mais nada. Nem para o ódio, nem para o rancor, nem para o orgulho.” (José Mallorqui)
Aquela tarde foi a melhor que já vivi em todos aqueles meses infernais. Bill era como um porto seguro. Um anjo especial que quando estava perto dele sentia-me capaz de viver e de voltar a ser feliz.
- Foi muito bom encontrar-te. – Disse Bill mostrando o seu sorriso mais doce.
- Muito bom mesmo… - Sussurrei fitando aqueles olhos penetrantes.
-O lanche está pronto! – Disse Kelly entrando na sala.
Fiquei surpreendida com o tempo que passei a conversar com Bill. Foi a conversa mais longa que tive em meses. E no fundo, queria continuar a falar com ele, tocar no seu rosto e beijar suavemente aqueles lábios carnudos.
- Eu não estou com fome. – Disse fugindo do olhar de Bill que provavelmente me censuravam pela minha falta de apetite.
- Hmm… Sabes qual é o problema? – Falou Tom. – É que comigo ninguém perde o apetite! – E dito isto pegou em mim ao colo levando-me para a cozinha. – Eu fiz um batido de morango muito bom!
E pela primeira vez em meses eu sorri. Sorri com uma enorme vontade.
- Eu sou o melhor na cozinha. Não é Bill?
Olhei para Bill que se sentava ao meu lado e sorriu divertidamente para mim.
- Não, isso não é verdade! Espera até a Nicky provar dos meus cozinhados…
- Óptimo, podemos fazer competição! – Respondeu Tom.
Ri-me. Era realmente bom estar com eles.
- Ele é sempre assim? – Perguntei a Bill.
- Sempre. Com ele ninguém se sente triste. – Respondeu.
- Não ligues Nicky. Tom sempre foi convencido! – Falou Kelly.
- E não tenho razões de o ser? – Tom sujou o nariz de Kelly com chocolate derretido e Kelly fez o mesmo com ele. O que me deu a sensação de que eles eram mais do que bons amigos.
Cheguei-me para mais perto de Bill e disse:
- Impressão minha ou aqueles dois são mais que amigos?
- Sabes que eu penso o mesmo? Tom olha para ela de uma maneira muito especial.
Sorri para Bill como quem tem a resposta óbvia e disse:
- O olhar que Tom mantém sobre ela é de um homem apaixonado.
- Tom não vai admitir o que sente até perder Kelly. É casmurro demais.
- Mas nós podemos mudar isso. De certeza que Tom não é indiferente para Kelly.
Bill sorriu para e perguntou:
- Vamos servir de cupidos?
- Vamos. E no fim ainda nos vão agradecer!
Bill continuou a encarar-me enquanto comia uma fatia de bolo, então saiu da boca dele uma pergunta inesperada:
- Os cupidos também se podem apaixonar?
Eu não sabia o porquê daquela pergunta, ou então tentava fingir que não fazia ideia. Daí a minha resposta:
- Hmm, todos se podem apaixonar. Inclusive os cupidos que são dos maiores símbolos do amor.
Ele sorriu de novo, o meu sorriso preferido. O meu coração acelerou quando Bill ergueu o braço e passou uma das suas mãos no meu cabelo colocando uma madeixa atrás da minha orelha.
Ele não respondeu, apenas ficou observando-me a comer, e eu com muita vergonha tentava não olhar para ele.
- Pára! – Falava Kelly rindo-se das brincadeiras de Tom.
Era bom ver alguém apaixonado, e a minha prima ficava com aquele brilho que era impossível não desejar estar apaixonado.
- Amar deve ser bom… - Falei sem pensar.
Bill voltou a dará sua atenção para mim e eu encarei-o sem vergonha.
- Já amas-te alguém? – Perguntei.
- Sim. E é tão bom estar apaixonado. Parece que não vês mais nada além da pessoa que amas.
Fiquei tão atenta nas palavras dele que não me dei conta que estava muito próxima dele.
- E amas alguém neste momento? – Ok, eu devia ter-me controlado com essa pergunta, mas eu queria saber se havia alguém no coração dele. E depois uma amiga podia fazer desse tipo de perguntas não podia?
Contemplei as expressões de Bill, estava pensativo, indeciso? Pensei na minha pergunta inofensiva, o que havia para pensar?
- Eu não sei se é amor, talvez ainda seja muito cedo para dizer que a amo, mas sinto algo muito forte pela rapariga.
E sem razão eu fiquei abatida com aquela resposta, teria ele alguém muito especial na sai vida e eu tinha voltado tarde demais? | |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Sáb Fev 20, 2010 3:21 pm | |
| tao lindo cada vez mais me surpreendes quero muito mais. alguem anda a tentar roubar me o trabalho lol | |
| | | Hellly Forever Addicted
Número de Mensagens : 207 Idade : 31 Localização : Porto Membro preferido: : Bill Kaulitz Música/Video : TODAS!!! Sou fã desde: : 2007 Data de inscrição : 12/07/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Sex Fev 26, 2010 9:42 pm | |
| 9
"Se eu fosse um anjo da guarda, viveria para te guardar, mas como sou humano, vivo para te amar." (Romeu Tiba)
Eu podia dizer que estava feliz em fazer de cupido para o meu irmão, mas eu estava ainda mais feliz por ter a ajuda de Nicky.
Não sabia ao certo o que sentia por ela, mas já era o suficiente para não conseguir viver sem ela e querê-la ter ao pé de mim para todo o sempre. E desistir não era uma palavra que estava no meu vocabulário, o que quer dizer que vou conquistá-la com todas as minhas forças.
Fui para a sala onde ela estava, era a minha oportunidade.
Sentei-me ao lado dela, e percebi que reagia á minha presença da forma como eu reagia á dela. Já era um começo. Talvez não seja o único a ficar apaixonado…
- Olá de novo! – Falei a sorrir.
Ela riu-se e notei que os olhos dela estavam tristes de novo. Percebi que a solidão fazia isso com ela, lembrava-lhe do passado e torturava-a. Solidão não era bom para ela, e do que dependia de mim, Nicky não ficará sozinha nunca!
-Olá… - E então aquela voz baixa e sem vida fez com que me sentisse ainda pior, ela tinha de ser feliz, não importa como, mas eu tinha que a fazer feliz.
- Tenho um convite para te fazer… - Comecei. Observei a reacção dela e vi que tinha corado um pouco.
- Que convite?
- Surpresa…
Eu não sei o que me levou a dizer aquilo, ia simplesmente convidá-la para ir tomar um café ou algo do género. Foi completamente inesperado. Mas ideias passavam na minha cabeça. Iria surpreendê-la.
- Surpresa? – Ela olhou pensativa para a janela e logo depois sorriu muito levemente para mim.
- Ok, eu aceito. – Ela esticou os braços e encolheu-se continuando com aquele sorriso doce. Algo que ela fazia quando éramos pequenos, e pelos visto continuava a ser tímida como dantes.
- Então só preciso que leves um bikini para a noite.
Nicky levantou uma sobrancelha e perguntou:
- Vamos para a piscina? Mas não vai dar muito nas vistas? Como…
- Não te preocupes com isso. Eu vou tratar de tudo. – Interrompi-a com a minha voz misteriosa.
- Gostas de me deixar curiosa não gostas?
-Essa é a intenção!
Sorrimos os dois, como era bom estar na presença dela. Observei por mais um pouco os movimentos dela, e surpreendi-me de que Nicky ainda continuava a ser a mesma menina que conheci na nossa infância: Tímida, carinhosa, altruísta e… minha. Sim, todos aqueles movimentos e olhares que me dava continuavam iguais, apenas tinha crescido e amadurecido. Eu era dela, assim como ela era minha.
Tom não tinha desgrudado de Kelly durante o tempo todo, e eu e Nicky ficámos sentado no sofá, falei-lhe sobre o novo álbum e de como era viver no mundo da música. Ela falou de como foi a sua vida sem tocar nos seus pais, apenas me disse que tudo era diferente, até as pessoas tinham outros hábitos.
- E pronto, depois os meus pais… - Ela parou nessa parte, olhando para as suas mãos e continuou. – Por isso estou aqui.
Podia sentir a dor que a consumia no interior, e esforçava-se para não me mostrar nada. Era como se ainda vivesse no seu refúgio, escondendo-se de todos. Nicky tinha que se soltar para conseguir seguir em frente.
Agarrei nas mãos delas e aproximei-me do seu rosto. E fitando-a disse:
- Nós estamos aqui para ti. Eu estou aqui para ti. – Enfatizei no “eu” para ela estar segura de que desta vez nenhum de nós iria fugir, e agora que ela tinha voltado para ficar tudo iria ser bem melhor.
Nicky deixou cair uma lágrima e sorriu.
- Obrigada…
Limpei a lágrima dela com o meu dedo e segurei o rosto dela com as minhas duas mãos. Beijei-a no sítio de onde a lágrima tinha escorrido e sorri. A minha Nicky continuava com a pele macia, como a de um bebé. Vi que o rosto dela estava agora corado e os seus olhos não mais mostravam tanta tristeza, mas tinham agora um brilho que combinava com o seu olhar.
- Tenho de ir. Tenho de preparar a tua surpresa.
- Isso é para me por ainda mais curiosa? – Ela perguntou a rir-se.
- É sim… - Respondi outra vez misterioso.
Antes de me despedir dela trocámos os nossos números de telemóvel. E com certeza iria ligar-lhe antes de dormir.
- O senhor romântico em acção… - Falou Tom depois de lhe contar a minha tarde com Nicky.
- Eu acho que estou a ficar apaixonado…
- Tu estás apaixonado! Tens é de lutar por ela agora…
Olhei para ele, se eu conseguisse conquistá-la, será que a nossa relação iria resultar?
- O que se passa? – Perguntou Tom apercebendo-se da minha luta interior.
- Eu acho que não vou conseguir ter nada com ela. Eu digo, quando formos em tour como é que vamos aguentar a distância?
O grande factor que me impede ter uma namorada estável é o meu trabalho agitado. Qual era a rapariga que aguentaria ficar longe do seu namorado? Nenhuma. E eu também não aguentaria as saudades e saber que a fazia sofrer com a minha ausência.
- Não comeces a pensar no fim de algo que ainda não começou. E depois ela pode acompanhar-nos em alguns concertos sem ter que atrapalhar as suas aulas. Não és tu que dizes que tudo é possível?
Afirmei com a cabeça e Tom e continuou:
- Então luta pela Nicky e sê feliz.
Tom tinha razão, tinha de lutar pelas pessoas que amo, e Nicky é a pessoa que mais quero neste mundo.
Liguei para o dono das piscinas onde eu e alguns amigos costumamos estar e pedi para que fechasse á noite. Claro que teria de lhe pagar, mas por Nicky valia a pena.
E como já era de se prever, antes de dormir, peguei no telemóvel e liguei para ela.
- Sim?
- Olá… - Falei.
- Já me disseste umas três vezes olá hoje!
Ri-me, ela tinha razão.
- Ok então vou mudar. Boa noite…
Ouvi o sorriso dela do outro lado e respondeu:
- Boa noite… Posso saber porque me ligas?
- Queria apenas desejar-te boa noite e bons sonhos…
Queria que ela sonhasse comigo, queria que ela sentisse o mesmo que eu sentia por ela…
- Hmm… obrigada… Boa noite para ti também e bons sonhos. – Ela respondeu com uma voz tão carinhosa que senti como se ela estivesse aqui ao meu lado aninhada no meu peito.
- Beijo…
- Outro para ti Bill…
Assim que ela desligou senti o meu coração frenético, a voz dela era tão amável que era impossível resistir de sorrir.
Rolei na cama, e para minha surpresa dormi.
Acordei de manhã um pouco tarde, mandei uma mensagem á Nicky que a iria buscar depois do almoço.
Tomei um banho e vesti-me. Tinha que admitir que estava um pouco nervoso com a minha saída. Nunca antes me senti tão preso numa rapariga como agora. Talvez seja amor mesmo. E só estaria bem quando a tivesse nos meus braços dizendo que me ama.
- Nervosinho… - Brincou Tom.
- Que bom humor Tom, vais estar com a Kelly é?
Resultou. Tom calou-se e não disse mais nada. Sorri, também conseguia ser irritante de vez em quando.
- Eu já vou… - Falei pegando nas chaves do meu carro. – Se trouxeres alguma miúda para cá tem cuidado, não te esqueças de que agora temos vizinhos.
Ri-me da cara dele, Tom ainda tentou alcançar-me com uma colher suja de gelado mas já não foi a tempo.
Cheguei em casa de Nicky e fiquei fascinado com o que vi. Nicky vestia um vestido preto curto, com decote em V bem vistosos e com tacão alto preto. Minha menina era uma mulher, e que mulher!
- Tu estás divinamente linda… - Foi o que consegui dizer quando me aproximei. O seu cabelo estava puxado para trás, fazendo uma repa que estava presa atrás da sua orelha, e dava para sentir o cheiro dele quando a cumprimentei.
- Obrigada… Tu também estás perfeito, como sempre.
Abri a porta do carro para ela e assim que entrei no meu lugar liguei o carro.
- Posso saber para onde vamos? – Ela perguntou com casualidade. Mas notei uma ponta de curiosidade e sorri.
- Não vale a pena, eu não vou dizer.
- Vou ter que esperar então…
Ela ligou o rádio, e nesse momento passava uma música que eu não conhecia, mas pelos vistos Nicky conhecia. Percebi que a letra da música tinha muito a ver com ela, com a dor que ela sentia. E também percebi que era um pedido escondido para a salvar, ela queria ser salva. E queria que fosse eu…
Apertei o volante com alguma força, ela sofria mais do que eu pensava, e o pior de tudo é que Nicky não deixava ninguém ajudá-la, fechava a sua dor dentro de si e vivia como se nada fosse. Tirei uma das mãos do volante e peguei na mão dela. Nicky correspondeu ao meu toque agarrando-a também. E não eram precisas palavras para aquele momento, nos já sabíamos que de uma maneira ou de outra, pertencíamos um ao outro.
- Chegámos. – Falei ao fim de alguns minutos.
Nicky olhou pelo vidro e ficou desnorteada.
- Onde estamos?
- Já vais ver.
Andámos um pouco por entre as árvores e chegámos ao local. Nicky abriu a boca num espanto e sorriu.
- Gostas? – Perguntei.
- É lindo!
Era um sítio que tinha encontrado há alguns anos trás quando discuti com o meu irmão e saí para pensar.
Um grande lago estava á nossa frente, podia ver-se o sol lá no céu a brilhar, as flores secas no chão que levantam no ar com o vento, e uma grande árvore que servia de apoio para nos sentarmos.
- Eu sei que devíamos partilhar as belezas na natureza com o mundo, mas esta apenas quero partilhá-la contigo.
Ela olhou para mim outra vez com aquele brilho nos olhos que tanto gostava e sorriu. Se ao menos pudesse ficar ali para sempre com a minha menina…
Beijei a testa dela e sentámo-nos no chão apoiados á tal árvore. Nicky ficou de apoiada no meu peito a olhar o lago, enquanto eu passei os meus braços ao redor dela.
- É como um enorme buraco no meu peito… - Nicky falou. E percebi que se estava a abrir, estava a deixar-me entrar. – Que me impede de respirar e sufoca-me. Custa pensar que nunca os vou poder ver, que todos os momentos que passei com eles nunca mais se vão repetir novamente… Todos os dias que penso que podia ter sido uma filha melhor, que podia ter evitado aquele acidente… - Então ela começou a chorar. Abracei-a com mais força. – Os pesadelos são horríveis, não consigo dormir tranquilamente sem tomar comprimidos. E eu tenho medo Bill… Tenho medo de cair no abismo e ser mais uma desilusão para todos, como fui para os eles…
-Nicky… - Falei, mas ela interrompeu-me.
- Eu sei que é tudo culpa minha!
-Não Nicky… Não faças isso. Não tens culpa de nada. E de certeza que os teus pais adoram-te e estão muito orgulhosos de ti, por terem uma filha adorável. E essa dor que tens no teu peito, meu amor, vai passar. Juro-te que vai…
Nicky parou de chorar e virou-se até ficar de frente para mim.
- Obrigada…
Ela abraçou-se a mim, e sussurrou de novo:
- Obrigada por tudo…
- Estarei sempre aqui para ti… - E dizendo isto beijei o ombro dela que estava descoberto.
Nicky colou as nossas testas e acariciou a minha face.
- És tudo…
Ficámos abraçados durante a tarde toda, deixei que Nicky repousasse no meu ombro e chorasse mais um pouco. Até que escureceu e disse-lhe:
- Hora de irmos…
- Piscina? – Perguntou a sorrir.
- Sim… E depois vamos jantar.
Ela sorria agora, como se tivesse feliz, verdadeiramente feliz…
Durante o caminho para a piscina demos outras vez as nossas mãos a apenas as largámos quando parei o carro.
- Estão abertas apenas para nós… - Disse-lhe ao sair do carro.
- A sério?
- Sim, eu conheço o dono, e ele não se importa de me fazer estes favores de vez em quando…
Pedi as chaves dos balneários e dei uma a Nicky para se ir vestir.
- Estarei na piscina á tua espera. – Falei. – Até já.
Depois de vestir os meus calções saí e sentei-me na beira da piscina á espera dela. E quando a vi, pensei que tudo era um sonho. Nicky vestia um bikini preto bem á sua medida. E a sua pele branca fazia contraste com aquele tom preto, que na noite a fazia parecer uma deusa. Ela olhou para a água um pouco hesitante e logo percebi.
- Não te preocupes, está quentinha…
Entrei na água dando um mergulho, assim como ela fez de seguida. Ficámos em frente um ao outro e olhei para a lua.
- É linda… - Falou olhando para ela também.
- Não tanto como tu… - Respondi acariciando o rosto dela.
Então aproximei-me mais dela, tinha esperado tanto aquele momento. Nicky não recusou os meus avanços, pôs um dos seus braços á volta do meu pescoço e deixou que os meus lábios tocassem os dela. E como eu tinha sonhado, eram macios e doces. Podia sentir a respiração quente dela contra a minha, aproveitando aquele momento só nosso. Aprofundei mais o beijo explorando a boca dela com a minha língua enquanto a abraçava mais forte contra mim. Sentia as mãos delas passarem pelas minhas costas até ao meu cabelo. A forma como ela me correspondia era tão doce e carinhosa que dava vontade de a beijar durante toda a noite. O beijo começou a ficar urgente, anunciando o fim, deixei uma das minhas mãos no cabelo dela e outra na sua cintura. Até que suguei o lábio inferior de Nicky e nos afastámos, encarando os olhos um do outro. | |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Sáb Fev 27, 2010 12:28 am | |
| eu mato-te mesmo. achas que se para aqui rapariga? deixas-me nesta curiosidade? continua isto imeditamente | |
| | | Hellly Forever Addicted
Número de Mensagens : 207 Idade : 31 Localização : Porto Membro preferido: : Bill Kaulitz Música/Video : TODAS!!! Sou fã desde: : 2007 Data de inscrição : 12/07/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Ter Mar 23, 2010 12:21 am | |
| capitulo 10
"O medo de sofrer é pior do que o próprio sofrimento. E nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca de seus sonhos." (Paulo Coelho)
Eu não sabia o que dizer depois daquele beijo doce, mas o que era certo é que estava no paraíso. Um anjo estava na minha frente segurando o meu rosto como se fosse uma pétala de flor muito delicada.
- Bill… - Falei.
- Shh… - Ele deu-me um beijo curto nos lábios e falou – Eu não te quero pressionar, então vamos com calma… E quando souberes o que queres fazer da nossa relação aí falamos sobre isto…
Bill era realmente um anjo que tinha caído do céu para me salvar da tortura que vivia.
Sorri para ele, afinal, quem não se derretia com o olhar doce dele?
Continuamos na piscina durante algum tempo, Bill abraçava-me quase o tempo todo e atirava-me água para me provocar. Era realmente estar com ele, parecia que o sofrimento abandonava o meu ser e permitia-me sentir a felicidade que sempre procurei e nunca encontrei.
Bill esperou por mim á porta do balneário, sempre com o seu sorriso doce. E ao voltar para casa perguntava-me se merecia tal felicidade, não devia eu sofrer pela culpa que me consumia? Não devia estar no meu quarto a chorar e a deixar consumir-me pelos pesadelos que me caçavam sempre que adormecia? Merecia eu amar e ser amada?
Regra número sete: Pensar é como um caminho de punição, e eu penso demais.
- O que tanto pensas?
Fui interrompida por aquela voz que me fazia subir aos céus, mas nem ele conseguia fazer com que parasse de pensar e aproveitar o que tinha na minha vida. Era cobarde e idiota demais.
Regra número oito: Malditas regras!
- Apenas a pensar na faculdade. – Menti. Porém Bill olhou para mim como se soubesse que o que me ia na cabeça, e assim que chegámos em casa disse:
- Nicky, eu sei que estivemos afastados por muito tempo, acredita que se nunca tivesses ido embora eu iria lutar pela tua felicidade todos os dias da minha vida, infelizmente não foi isso que aconteceu. Mas agora que voltaste eu não vou desistir. Sei que estás a passar por um momento muito difícil e que te custa seguir em frente sem as pessoas que amas, mas é preciso um esforço da tua parte para me deixares entrar no teu coração. Deixa-me conhecer os teus medos, os teus pensamentos, tudo o que corre dentro de ti…
Eu não sabia que estava a chorar até sentir as lágrimas rolarem na minha face. Ele tinha razão e eu sabia. Mas eu não estava preparada para me entregar. Seria duro demais se o magoasse ou se o perdesse também. Mas porque tem de ser tudo tão complicado e confuso?
Bill continuava a olhar para mim à espera de uma resposta, até que ergueu a sua mão e limpou uma lágrima do meu rosto. Finalmente consegui uma reacção, que talvez não foi a melhor. Peguei na mão dele e baixei-a, e de seguida olhei nos olhos dele e sussurrei:
- Desculpa…
Saí do carro e entrei em casa a correr, fechando-me no quarto a chorar compulsivamente. Era o sofrimento a voltar com força, uma tarde tão feliz para acabar com sufocos e por gritos silenciosos. Não conseguia seguir em frente, não merecia Bill, não merecia nada.
Deitei-me na cama ainda a pensar nele, será que tinha ficado magoado por ter saído repentinamente? Será que era capaz de me perdoar?
Chorei, por apenas magoar quem mais amava e por dar parte fraca. Até que adormeci e acordei de novo com os gritos a sufocarem-me. Tinha esquecido de tomar os comprimidos. E por isso devo ter acordado todos naquela casa. Porém, ninguém veio bater à minha porta. Talvez já estivessem habituados.
E o dia seguinte foi mau, ou até pior. Bill não me ligou nem apareceu. Sentia-me ainda pior do que da noite anterior. Estava tudo a correr tão bem até que estraguei tudo. Mas eu só precisava de um tempo, pensava eu. E talvez eu consiga voltar a ser uma rapariga normal.
Regra número nove: Deixa-me sofrer, pois é apenas no sofrimento que consigo perceber o mal que te fiz.
E então os dias passaram, e nenhum dos gémeos dava notícia. Eu tinha voltado ao meu estado de sofrimento e não saía mais do quarto. Tinha perdido o meu Bill, o meu porto seguro, e pior do que isso era por ser tão covarde que nem conseguia pegar no maldito telemóvel e ligar para um simples número. Um número que me levaria até ao anjo que me podia salvar desta escuridão.
Kelly voltara de novo às suas tentativas de conversar comigo. Talvez ela tenha percebido o que tinha passado entre mim e o Bill e talvez até me culpasse pela ausência deles.
- Pequeno-almoço? – Perguntou Kelly entrando no meu quarto com uma bandeja.
- Não obrigada.
Estava como sempre deitado na minha cama a olhar pela janela. O dia estava cinzento, propício para mais um dia de sofrimento.
- Nicky…
Ela tentou falar, mas eu fechei os olhos e fingi adormecer. Ouvi os passos dela e a porta a bater. Kelly tinha deixado a bandeja em cima da mesinha de cabeceira, mas eu nunca peguei nela. Nem tão pouco saí daquele quarto naquele dia. Nem nesse dia, nem nos dias que se seguiram. | |
| | | vampirinha kaulitz Forever Addicted
Número de Mensagens : 318 Idade : 31 Localização : onde o bill estiver eu estou com ele. Membro preferido: : bill Música/Video : rette mich/don´t jump Sou fã desde: : 15 de junho de 2007 Data de inscrição : 11/01/2009
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor Sáb Mar 27, 2010 2:04 am | |
| tens que reagir. e vais vr que ele nao ficou chatedo. quero mais.amei | |
| | | Conteúdo patrocinado
| Assunto: Re: [Reedição] Tudo por Amor | |
| |
| | | | [Reedição] Tudo por Amor | |
|
Tópicos semelhantes | |
|
| Permissões neste sub-fórum | Não podes responder a tópicos
| |
| |
| |
|